Conseguir enxergar as características pessoais de cada aluno é um dos grandes desafios do dia-a-dia na sala de aula. Mas é condição indispensável para que o ato de ensinar seja eficaz, pois os conteúdos só fazem sentido quando estão ligados aos interesses dos estudantes.
O modo de funcionamento da maioria das escolas não costuma contribuir para que crianças e jovens manifestem suas necessidades. O tempo é curto, as classes, numerosas, e os currículos, extensos. No entanto, o ensino de qualidade só vira realidade quando você adota estratégias para identificar demandas e interesses dos estudantes. "Não é preciso, nem se deve, visitar a família do aluno para conhecê-lo", diz a antropóloga Ana Luiza Carvalho da Rocha, do Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (Geempa), de Porto Alegre. "Basta procurar indícios das condições de vida dele no comportamento em sala de aula: como são sua linguagem, as roupas que usa e seus movimentos”.
Mais próximo da turma
Antes de analisar a garotada, é importante você fazer uma auto-avaliação. Perceba se suas atitudes em sala de aula dão a eles a possibilidade de se expressar individualmente ou se você reforça o "anonimato". Depois reveja a imagem que faz de cada um. Tenha em mente que, ao contrário do que acontece socialmente, é fundamental aproximar-se dos membros do grupo que incomodam, resistem ou tentam se esconder. É preciso ouvir a classe para saber as expectativas em relação à escola e a você. Mas lembre-se: nem sempre os pedidos de ajuda correspondem às verdadeiras necessidades e dificuldades. Ao solicitar um esclarecimento, o aluno pode estar fazendo um pedido de ordem afetiva — por exemplo, para se sentir mais seguro.
Práticas bem-sucedidas
Outro modo de perceber as necessidades de cada um é organizar a classe em grupos de até quatro integrantes e incentivar a cooperação entre eles: quem é bom numa disciplina ajuda os demais. Jogos também funcionam, "pois criam situações que, de forma leve e pouco indutiva, fazem crianças e jovens demonstrar suas condições, inclusive morais", diz Ana Luiza. Na hora de organizar o conteúdo, adote estratégias de ensino que conectem o aluno aos conhecimentos, valores e símbolos que ele já tem. Com certeza a classe terá mais vontade de aprender.
Trabalho de investigação
Para descobrir quais são as reais necessidades da classe, o ideal é:
O modo de funcionamento da maioria das escolas não costuma contribuir para que crianças e jovens manifestem suas necessidades. O tempo é curto, as classes, numerosas, e os currículos, extensos. No entanto, o ensino de qualidade só vira realidade quando você adota estratégias para identificar demandas e interesses dos estudantes. "Não é preciso, nem se deve, visitar a família do aluno para conhecê-lo", diz a antropóloga Ana Luiza Carvalho da Rocha, do Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (Geempa), de Porto Alegre. "Basta procurar indícios das condições de vida dele no comportamento em sala de aula: como são sua linguagem, as roupas que usa e seus movimentos”.
Mais próximo da turma
Antes de analisar a garotada, é importante você fazer uma auto-avaliação. Perceba se suas atitudes em sala de aula dão a eles a possibilidade de se expressar individualmente ou se você reforça o "anonimato". Depois reveja a imagem que faz de cada um. Tenha em mente que, ao contrário do que acontece socialmente, é fundamental aproximar-se dos membros do grupo que incomodam, resistem ou tentam se esconder. É preciso ouvir a classe para saber as expectativas em relação à escola e a você. Mas lembre-se: nem sempre os pedidos de ajuda correspondem às verdadeiras necessidades e dificuldades. Ao solicitar um esclarecimento, o aluno pode estar fazendo um pedido de ordem afetiva — por exemplo, para se sentir mais seguro.
Práticas bem-sucedidas
Outro modo de perceber as necessidades de cada um é organizar a classe em grupos de até quatro integrantes e incentivar a cooperação entre eles: quem é bom numa disciplina ajuda os demais. Jogos também funcionam, "pois criam situações que, de forma leve e pouco indutiva, fazem crianças e jovens demonstrar suas condições, inclusive morais", diz Ana Luiza. Na hora de organizar o conteúdo, adote estratégias de ensino que conectem o aluno aos conhecimentos, valores e símbolos que ele já tem. Com certeza a classe terá mais vontade de aprender.
Trabalho de investigação
Para descobrir quais são as reais necessidades da classe, o ideal é:
· examinar se o ambiente permite que todos se expressem livremente;
· observar os alunos durante as atividades cotidianas;
· avaliar as habilidades potenciais de cada estudante;
· criar e gerenciar situações-problema e ver o desempenho individual da garotada;
· sempre que possível, trocar informações e idéias com outros professores;
· mostrar que você se importa com o progresso da turma.
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